Segundo dados do último
Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), os pacientes que aguardam por um
transplante de rim representam 62% de toda a lista de espera por órgãos no
País. No total, são 18.147 pacientes esperando por um rim até dezembro de 2014.
A estimativa do Registro aponta que 5.639 transplantes foram realizados, quase
metade da necessidade anual estimada, de 11.445.
Embora o rim seja o órgão que pode resistir mais tempo
para ser transplantado, com uma média de 30 horas, o médico nefropatologista
Marcello Franco, ex-presidente da SBP, relata que este não é fator de diminuição nas filas de
espera. O motivo, segundo o nefropatologista, é a falta de doador e de
critérios adequados. “Se o doador tiver mais que 60 anos, entra no que chamamos
de critério expandido. O rim já não é tão adequado quanto o de um doador jovem,
além de possuir uma sobrevida menor”.
Data
Celebrada neste ano em 12 de março, a data marca a
realização de ações em todo o mundo com o objetivo de divulgar informações
relacionadas à prevenção das doenças renais. O foco da campanha em 2015 é
alertar a população em relação à adoção de hábitos saudáveis. Segundo Franco,
deve-se estar atento aos hábitos de vida, alimentação com objetivo de prevenir
de problemas que podem ocasionar desde a invalidação do órgão até mesmo a
morte. O médico explica que várias causas têm determinado o aumento de
problemas renais, como o envelhecimento da população, a epidemia de obesidade,
diabetes, o estresse, hábitos alimentares e o descuido em relação à prevenção e
tratamento da hipertensão arterial, sendo este último a causa mais frequente de
doença renal crônica (DRC).
Franco explica ainda a DRC é a mais comum causa de
transplante do órgão. “Isso ocorre pois os rins do paciente vão gradativamente
parando de funcionar, o que gera a invalidação do órgão e a necessidade de
tratamentos agressivos como a diálise e hemodiálise e, até mesmo, de um
transplante”.