Afetando entre 5% e 13% das mulheres em idade
reprodutiva, a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma doença endocrinológica complexa caracterizada por distúrbios hormonais
que culminam com uma alta produção do hormônio masculino (testosterona).
Os sintomas apresentados pelas
pacientes são: menstruação irregular, excesso de pêlos (rosto, barriga e
seios), acne, aumento da oleosidade da pele, obesidade, infertilidade, hipertensão,
desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
O diagnóstico da doença é feito pelo
exame de ultrassom transvaginal, exames de sangue (dosagens hormonais) e pela
correlação com sintomas clínicos.
Mulheres com SOP também correm o risco de desenvolver o
câncer de endométrio, em decorrência do status hiper-estrogênico presente na síndrome.
Para investigar essas neoplasias, são retiradas amostras do tecido (biópsias), que
serão analisadas pelo médico patologista. O diagnóstico desse profissional
indica se há lesões pré-neoplásicas
(hiperplasias endometriais) ou câncer, definindo seu tipo histológico, fundamental
para indicar o melhor tratamento.
A SOP é uma doença crônica e não tem
cura, porém existem métodos para controlar seus sintomas. Ao apresentar algum sinal da doença,
a paciente deve procurar um ginecologista para realizar os exames necessários,
evitando o desenvolvimento de síndrome metabólica e proporcionando uma intervenção
médica precoce nos casos de
infertilidade.
Para mais informações, acesse:
http://www.ovariopolicistico.com/
http://www.brasil.gov.br/saude
Fonte: Dra. Annacarolina Silva - médica patologista e
pesquisadora do Dana Farber Cancer
Institute, Harvard Medical School,
Boston, Estados Unidos.